✌Olá, sou Lui von Holleben, autor do livro “Estruturando Customer Success”.
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Li um ótimo artigo de Cris Paik, General Partner na Pace Capital linkado no Sunday Drops (Lucas Abreu) e resolvi traduzir aqui pois fiquei assim: 🤯
Lá vai:
O fim do software como conhecemos
“Para entender como o software vai mudar, devemos lembrar como a tecnologia mudou outras indústrias. A história tende a se repetir.
Antes da internet, a mídia se comportava de maneira muito diferente — era caro criar conteúdo. Você tinha que pagar pessoas para produzir, editar e distribuir o conteúdo. Como criar conteúdo era caro, conteúdo precisava gerar dinheiro.
E os consumidores pagavam — por jornais, revistas, livros, TV a cabo e pay-per-view. Warren Buffett adorava jornais, e quem não adoraria um negócio previsível de assinaturas com notícias locais?
Quando a internet surgiu, as empresas de mídia a enxergaram como uma forma de alcançar um público mais amplo e reduzir seus custos de distribuição.
O que ninguém previu foi que a internet não só reduziu os custos de distribuição a zero, mas também reduziu o custo de criar conteúdo a zero.
O conteúdo gerado por usuários cresceu. E quando o conteúdo não custa nada para ser criado, ele não precisa mais gerar dinheiro. Como o conteúdo se comporta quando não precisa mais dar lucro?
Esse custo zero levou a uma explosão cambriana — você pode tirar uma foto de uma xícara de café, postá-la para 1 milhão de visualizações ou nenhuma, e o preço de mercado ainda será atingido.
Isso produziu uma avalanche de conteúdo que nenhum de nós consegue consumir razoavelmente. Isso exigiu produtos que direcionassem a atenção, comercializassem esse conteúdo e nos orientassem de forma eficaz — hoje conhecemos isso por plataformas de conteúdo gerado por usuários.
Essas plataformas colidiram completamente com as empresas de mídia.
Como empresa de mídia (tipo canais de televisão), você estava competindo pela mesma atenção dos usuários, mas com um COGS (Custo de Bens Vendidos) claramente mais alto.
Quanto mais pessoas você tinha na sua folha de pagamento criando conteúdo, mais você estava exposto a ser ultrapassado por plataformas de conteúdo gerado por usuários.
Estruturalmente, investir em mídia tem sido uma proposta de valor perdedora desde então, e a criação de valor mudou completamente para as plataformas que controlam a distribuição.
Criar software é caro.
Você tem que pagar pessoas para criar software, mantê-lo e distribuí-lo. Como o software é caro de criar, ele precisa gerar dinheiro.
E nós pagamos por isso — licenças de software, SaaS, preços por usuário, etc. As margens de software historicamente foram objeto de inveja arquitetônica — margens de 90% ou mais e custo marginal de distribuição zero.
O software é caro porque os desenvolvedores são caros.
Eles são tradutores qualificados — traduzem a linguagem humana para a linguagem do computador e vice-versa. Os LLMs (modelos de linguagem ampla) provaram ser notavelmente eficientes nisso e vão reduzir o custo de criar software a zero.
O que acontece quando o software não precisa mais gerar dinheiro? Vamos experimentar uma explosão cambriana de software, da mesma forma que aconteceu com o conteúdo.
A Vogue não foi substituída por outra empresa de mídia de moda, ela foi substituída por 10k influenciadores.
O Salesforce não será substituído por outro CRM monolítico. Ele será substituído por uma constelação de coisas que atendem de forma dinâmica as mesmas intenções e pontos de dor.
As empresas de software serão substituídas da mesma forma que as empresas de mídia foram, dando origem a um novo conjunto de plataformas que controlam a distribuição.
SaaS, ARR, números mágicos — todos esses são atalhos para entender o modelo antigo de construção de negócios em software, onde o custo associado à criação de software era uma barreira.
A "mão invisível" foi contida no software por muito tempo, mas os LLMs trarão sua força corretiva e rápida. Fazer faculdade de ciência da computação hoje será como fazer jornalismo no final dos anos 90.” - fim do artigo.
Conteúdos legais 🎧
que participei/escrevi
Mini posts do meu Blog:
que gostei
O.J.: Made in America
Os Docs 30for30 da ESPN (hoje no Disney+) são de alto nível. Este me surpreendeu por trazer à tona toda cena de direitos civis dos anos 60 com O.J. jogando na California, antes de entrar no tema de sua condenação.
Playlist “Sad Jazz” no Spotify
Jazz e concentração: não há dupla melhor para um fone de ouvido em um coworking em dias barulhentos.
Marketoonist de Tom Fishburne
Adorei a tirinha mais recente, uma sátira à empresas que vivem em silos e pouco centradas no cliente:
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